segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pensando moda: sobre seriedade e bons trabalhos


Oi, pessoal! Como estão? Cheguei de viagem já e com a corda toda! 

Semana passada, falei sobre o padrão de magreza e de perfeição explorado pela indústria fashion e andei pensando e acho bacana que, uma vez por semana, tenhamos um post que nos faça refletir e pensar moda. Afinal, como sempre digo, não basta apenas a consumirmos, né?


Essa semana que passou, teve tanto bafafá "bloguístico" que, claro, o tema dessa semana são os blogs e até onde nós, blogueiras, devemos levar a sério a informação e o próprio blog. 

Durante a SPFW, foi gravado um vídeo com o embate (que a UOL apimentou um tico mais do que deveria…) entre blogueiros e jornalistas de moda. Afinal, qual a diferença? Quem passa mais informação? Quem é mais neutro? 



Claro que o primeiro argumento contra blogs é "E O JABÁ?" mas, sejamos sinceros, jabá existe em quase toda profissão que vende produtos. Seja você médico, dentista, dono de balada, jornalista ou, inclusive, bloqueio, sempre alguma marca vai te "presentear" para que, em troca, você fale ou venda o produto dela. Aí entra a questão da moral e da honestidade de passar para seus clientes (leitores, no caso dos dois últimos) apenas boas informações e bons produtos. E até onde eu sei moral e honestidade não se aprendem na faculdade… Ou seja, tem blogueira vendida? Tem! E muito. Mas também existem médicos que receitam um remédio tal em troca de prêmios, donos de balada que fecham com a marca X porque essa patrocina sua casa noturna e jornalistas que fazem boas resenhas em troca de produtinhos. Isso é ruim? A partir do momento em que isso, de alguma forma, traz prejuízo a quem te segue, te prestigia ou confia em você, isso é ruim. Quando você "mente" pra vender alguma coisa, acho que isso se torna péssimo e, infelizmente, vemos muito isso na blogosfera. Quantas blogueiras juram amar produto X do patrocinador Y mas em seus looks nunca usam nenhuma peça da marca? Acho que propaganda é propaganda, mentira é mentira. Em QUALQUER profissão. Mas vender um bom produto de forma sincera e honesta é só um meio de vida, não? Ou seja, tendo caráter e honestidade, anunciar não é pecado. 


O segundo argumento é: "e a informação e a técnica?". Bom, informação de moda tá aí pra quem se interessar em ler e pesquisar MUITO. Sempre brinco com as minhas amigas que cada post leva 3 dias pra ficar pronto e, no fundinho, é verdade! Pra passar informação, funciona assim: você vê uma fagulha de trend em alguma foto e vai pesquisar referência, looks de passarela, diferentes épocas da moda e isso é uma coisa que não traz leitor mas que enche a gente de orgulhinho pessoal. Saber que você viu aquilo e pesquisou antes de bombar é uma realização enorme dentro da "profissão blogueira" e isso nos deixa mais próximas dos jornalistas. Acho que essa é uma grande diferença: o jornalista tem a OBRIGAÇÃO de ser informado, de ser avant gard, uma vez que a revista é fechada a edição algum tempo antes de a revista chegar a banca. Ou seja, os jornalistas dominam a técnica e tem essa obrigação com a pesquisa e a inação, dois fatores que, muitas vezes, os levam a sair a frente das blogueiras no quesito "informar". Mas reparem que disse "muitas vezes"… Nem sempre, isso é verdade e tudo depende do comprometimento do blogueiro em pesquisar e do leitor em cobrar. Afinal, vocês, leitores, são nossos fiscais! Ou seja, se o dono do blog se comprometer a fazer um trabalho bacana, com uma boa base, pesquisa e qualidade, acho que os blogs são ótimos porque eles acontecem no agora, são dinâmicos. Os blogs tem esse fator bacana: eles possibilitam um contato direto, uma troca de idéias maior. Sendo assim, acho que se as blogueiras se preocupassem menos com Chanel e Hermés e mais com inteligência e informação, os blogs poderiam (e seriam) veículos muito mais confiáveis e, até mesmo, uma extensão das revistas, já que ele tem essa característica tão única do "agora". O problema aqui é: até onde os leitores querem blogs que informem ou blogs "novelinhas", onde podem acompanhar a vida perfeita que algumas blogueiras vendem? Até onde os leitores também exigem que os blogs tragam idéias novas, dicas bacanas e não apenas mais um capítulo de consumismo de luxo desenfreado? A partir do momento em que o autor do blog tiver essa sede pelo conhecimento e o leitor gostar e cobrar embasamento então acho que os blogs serão formadores de conteúdo tanto quanto as revistas e não mais forma de ostentação. 


Pra resumir esse tema: acho que os jornalistas acabam por ter mais seriedade porque assim se exige deles enquanto que em volta de blogueiras se forma uma aura de perfeição e bajulação que acaba por acomodá-las nesse mundinho de se exibir e não informar. Porém, assim como existem blogueiras muito boas que, realmente, procuram estudar e pesquisar a fundo, também existe muito jornalista de moda que não entende nada de moda. Ou seja, nessa dispusta, ninguém é errado e ninguém é certo. Sai a frente o profissional que melhor exercer a função de informar, afinal é pra isso que abrimos espaço. Pra expormos idéias, trocarmos experiências, podermos mostrar como vemos a moda e o que acreditamos acerca dela. Ou, pelo menos, é isso que um profissional sério e competente busca e cabe ao consumidor optar por pessoas assim ao invés de picaretas, que, infelizmente, existem aos montes em toda profissão. 


O segundo bafafá da semana foi em torno de uma conta "falsa" que fizeram para "gongar" uma blogueira. A partir daí, surgiu o meme #acheiqueFOCEmorrer, que acabou nos TT mundiais e levou nomes influentes, como Julia Petit e Narciza Tamborindeguy, a entrarem na brincadeira. A blogueira gongada se sentiu ofendida quando brincaram com o noivo dela e aí usou do argumento eterno "falta Deus e amor" e "inveja mata". Claro que, mais uma vez, foi parar no TT com #faltaDeus e a galera caiu em cima com frases como "#faltaDeus mas não falta criadagem", "#faltaDeus mas não falta champanhe" e tantos outros. A moça já entrou com ações de danos morais, ofensa pessoal e a terceiros e falsidade ideológica. 


Pra mim, é uma moça bem nascida, parte de uma elite, bonita, bem sucedida e acho que não tem a menor necessidade disso. Lendo os tweets, achei tudo bem escrachado mas também muito bem humorado e acho que, se nos permitíssemos  (e digo no plural pra encaixar o mundo TODO) rir mais de nós mesmos, teríamos tanta dor de cabeça a menos na vida… Escreveu errado e te gongaram? Entra na dança! Apareceu no blogueira Shame como "Loka do dia"? Dá risada! Quem disse que moda, blog e o mundo são pra levar tão a sério? Gosto é pessoal e os erros tão aí pra serem cometidos (e zuados). O que não dá é pra nos ofendermos com brincadeiras e passarmos a ofender a integridade e o trabalho de profissionais, como fez a blogueira em questão. E daí que sua amiga riu de você? Isso quer dizer que ela não te respeita? Rir de nós mesmos é chique, descontraído e demonstra muito caráter e grandeza pessoal e de espírito. Ter a capacidade de levar uma brincadeira na brincadeira é uma coisa que faz bem pra nós e aumenta o respeito dos outros por nós mesmos. ÓBVIO que sou contra ofensas a caráter e exageros, venham eles de qualquer parte. Assim como sou contra comentários que ofendem o caráter, pois eles são extremistas, também sou contra blogueiras que se colocam num pedestal de perfeição, personalidade intocável e ditadora de moda, pois aí o exagero vem delas. 

O que posso abstrair, por fim, desse texto imenso é que um pouco de leveza, humildade e trabalho sério fazem bem a qualquer um. Rir de si mesmo, saber que se pode aprender um pouco com todo mundo e se dedicar a fazer um trabalho de qualidade só engrandecem a pessoa e a deixam mais perto de ser um profissional não apenas bem sucedido mas também admirado. 

Mas quero saber: o que VOCÊS pensam sobre isso? Comentem, gente? Fico carente de comentários e debates… 

Beijos, 

Ana 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Férias

Oi, gente! Post rapidinho pra dizer que tô viajando. Tava me programando pra postar looks e diquinhas mas aqui não tem internet :( e, pelo celular, só notinhas rápidas! Mas vou fazer o máximo, ok? Quem quiser, me segue no Twitter (@notsohaute) e no instagram (@acnarciso) que lá rolam fotos e comentários em tempo real, ok?

Beijos,

Ana

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Juntando as pontas

Oi, gente! Essas férias tão me deixando muito preguiçosa, viu? hahah Ainda mais quando eu fico tentando acompanhar SPFW pelos sites, arrumar as coisas pra ir pra praia e cuidar da minha unha perdida ao mesmo tempo!

Bom, pra falar do SPFW, resolvi mudar a abordagem... Bacana mostrar os looks desfile por desfile mas aquela montação toda pode ser meio non sense, né? E, por isso, inspirada na Lú, resolvi brincar de bonequinha de papel e misturar as maiores tendências pra vocês irem pegando melhor a idéia.


Então juntando uma coisa daqui e outra de lá, ficamos com esses looks:


Claro que a beleza de Rosie Huntington-Whiteley não vai ser possível de arranjar, né? Mas não custa sonhar... O look é composto das seguintes trends:

METALIZADO: as peças metalizadas foram a unanimidade dessa edição do SPFW. O que não é obviamente metálico, adquire texturas e lavagens que trazem o brilho, como o veludo, a seda e outros tecidos.

MIX DE TEXTURAS: misturar também foi peça-chave pro styling da maioria dos desfiles, seja a mistura feita de estampas ou de diferentes texturas. Aqui, preferi a segunda com as peças mais finas misturada a elementos mais rústicos, como o tecido da saia e a sandália mais pesada.

PELE: a pele, que aqui é uma pluma, veio com força total também nas 2 semanas de moda brasileira. Pra continuar amando nosso coletinho fake, né?! hahahah


MIX DE TEXTURAS: bom, vocês sabem que sou suspeitíssima nisso, né? AMO um mix enlouquecidamente! Mas não é pra menos: olha como o suéter largão fica todo charmoso com o bordado e a gola de pele. Sem contar como o couro e a camurça ficam show com a lã. Misturar tecidos e fazer esse contraponto deixa o look muito mais interessante e atual.

CORES BÁSICAS: o que amei nessa temporada é que as cores básicas e neutras tiveram lugar de destaque na maior parte das coleções. Acho que as cores mais neutras são uma ótima tela pra se brincar com os elementos contrastantes, como comprimentos, texturas e estilos.


METALIZADO: não adianta que o metálico, o brilho é, SIM, a grande tendência desse inverno. Podem apostar sem medo porque continuares brilhando muito por aí hahahah. Aqui, quis dar uma modernizadinha e misturei o azul metálico do blazer curto e ajustado ao douradão forte da saia de couro.

ELEMENTOS CONTRASTANTES: pra quebrar um pouco e deixar o look mais cool, nada como uma camisetinha, né? Aqui, optei pelo mescla pra dar um charme e sair do branco como básico absoluto. A blusa de lã toda furadinha é charmosa e completa o look na medida.

MEIA: bom, essa trend não foi muito do SPFW, eu confesso hahaah mas acho bacanérrimo e nos sites gringos, a meinha mais curta com sandálias tá bombando então quis usar também! Aproveitando que o look é moderninho, a meia acrescenta essa ar descolado e ainda deixa uma carinha de menina, né? Também vale investir na meia num look preto total pra adicionar mais charme!


BORDADO: outra trend que vem com força são os bordados, principalmente em peças inusitadas, como o suéter, o cardigan ou o moletom.

CONFORTO CHIQUE: já venho batendo na tecla do conforto há tempos, né? Alguém ainda aguenta eu falar disso? hahahah Mas olhem só como eu não minto! A idéia das roupas confortáveis, mais street pegou bastante nessa temporada e o resultado disso são as calças com carinha de pijama em seda, veludo e outros tecidos nobres bem como os moletons com renda, bordados e, no caso desse look, as blusas de lã que ganham uma cara bem fashionista com bordados e detalhes ricos.


ALFAITARIA MODERNA: a alfaiataria é um clássico e é impossível fugir dela nas semanas de moda, afinal são peças atemporais e sempre chiques. Pra esse inverno, continua a tendência que vem sendo ensaiada a algum tempo da alfaitaria moderna, com recortes inusitados, cortes mais modernos e cara mais street e menos office. É tendência fortíssima e eu já vou correr no brechó pra achar um blazer bacana pra cortar as mangas e ter um colete pra chamar meu hahahaha podem investir que é uso certo!

VELUDO: outro tecido que foi explorado nas passarelas foi o veludo que vinha aparecendo tímido em outras coleções mas que vem com força total nessa. Seja em macaquinhos, blusas ou looks mais refinados como vestidos e tailleurs, o veludo foi o astro de alguns desfiles.

STREET CHIQUE: Seguindo bem a linha do conforto, o street também ganha as passarelas em peças como tênis (Isabel Marant feelings), botas pesadas, jeans, moletom e peças mais folgadas. Pra usar com peças mais refinadas e compor um estilo "mano de butique"! hahahah


E aí, gente? Gostam do post assim? Fica mais fácil, mais difícil? Comentem pra eu saber, ok?!

Beijos,

Ana

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Onde começa um círculo

Oi, gente! O post de hoje é um pouco diferente do que estou acostumada a fazer como vocês já devem ter imaginado pelo título. Acho importante que algumas vezes deixemos de lado as tendências de moda pra pensarmos um pouco sobre a moda e a indústria fashion.

Esses dias, passeando pelo Pinterest , encontrei uma imagem com dados que me deixaram um pouco chocada e, claro, fui pesquisar mais a fundo essa informação e outras relacionadas. E o que eu descobri foi o seguinte: há 15 anos atrás, a média do peso das modelos era 8% menor que a das mulheres "comuns" e atualmente, essa diferença passou pra surpreendentes 23%! E isso me leva a pensar: até onde estamos nutrindo um sonho impossível? Até onde a indústria se democratiza e a partir da onde ela escraviza?


O jeito mais fácil de percebermos esses ideiais inatingíveis e essa diferença gritante entre a "mulher da passarela" e a "mulher comum" (aspas porque, no fim, independente de peso, somos todas mulheres) é olhar pras nossas divas de 50, 30, 10 anos atrás. As mulheres consideradas divas,  aquelas que invejava-se o corpo, o status, hoje seriam consideradas "normais" ou até gordinhas. E eu penso sobre a inversão de valores. Era fácil ter o corpo da Betty Page ou da Marylin Monroe. Elas não eram ratas de academia nem tinham suplementos pra bombar o físico mas elas tinham algo que falta a tantas mulheres de hoje em dia: atitude. Elas se sabiam desejadas! Sabiam ser sexy, glamurosas, fatais sem perderam a elegância. O que as transformava em divas não era apenas o corpo mas o conjunto que esse fazia com um poder que vem de dentro.

Aí entra a indústria, a modernização, a era digital. Até onde a liberdade de expressão e de criação nos libertaram e a partir de que ponto ela nos aprisionou a um ideal quase inatingível? Claro que existem as mulheres magérrimas que o são sem esforço (minha mãe tá aí pra provar isso hahahah) mas existe uma grande maioria que sofre pra ser aquilo que foi ditado a ela. Existem aquelas que choram, se cortam e se sentem horríveis e aprisionadas em um corpo que a idéia não deixa ela achar bonito. E fica a grande pergunta: até onde a era do Photoshop é culpada pelos padrões? Será que nós nessa busca pelo perfeito impossível não fazemos os padrões ficarem cada vez mais rígidos e incabíveis? Será que se mais meninas  não começassem a se achar lindas mesmo sem as pernas da Sabrina, esses conceitos e padrões não se tornariam, também, mais flexíveis?


Fico chocada quando vejo que até um brinquedo que deveria ser neutro como a Barbie passou por tantas mudanças ao longo do tempo: mais altura, lábios mais grossos, cintura mais fina, peitos maiores. A ditadura do corpo perfeito chega também às prateleiras e cabeças infantis que teram uma infância vivida em função de ser mais bonita, de ter o cabelo mais comprido, mais liso, de ser mais magra, de ter mais. Cadê a busca saudável pela auto-estima? Cadê amar aquilo que temos e cuidar disso?


Claro que não me posiciono a favor de relaxar e comer 3 hambúrgueres com batata frita por refeição. Não é isso! Sou a favor e venho me esforçando pra ter uma alimentação mais saudável, mais completa, mais regrada e uma vida menos sedentária. Mas não porque isso vai me garantir uma barriga chapada. Porque isso vai me trazer saúde, um corpo funcionando melhor, um humor melhor e, consequentemente, uma vida bem mais feliz. E é aí que entra o ponto: essa busca pelo perfeito faz feliz ou aprisiona? Os padrões de magreza e perfeição impostos trazem sofrimento ou completam?


Durante a pesquisa para esse post, li que os números das roupas também se sujeitaram a essa mudança. Uma peça qye há 10 anos atrás seria 38, hoje é 40, 42. Ou seja, diminuiu-se as medidas da passarela, das revistas e também dos nossos manequins e isso levou a uma "diminuição" do nosso espelho: nunca temos um corpo bom o suficiente pra usar aquilo que gostamos. E isso leva ao pensamento final: com os tamanhos, diminuimos também nosso amor próprio, nossa atitude, nosso sentimento de diva? Quando poderemos e, mais ainda, quando nos permitiremos nos achar bonita? Quando deixaremos que os padrões sejam só uma manipulaçãozinha digital e buscaremos mesmo é ser feliz e saudável? Será que, ao nos aceitarmos, também não causaremos esse efeito de aceitação pelo humano e pelo perfeitamente imperfeito?

Claro que não espero mudar toda a indústria com um post mas acho bacana a discussão e se uma pessoa ler isso e começar a se sentir melhor consigo mesma, bom, aí eu já ganhei a vida! Opinem, comentem, troquem idéias comigo sobre esse tema que pensei e planejei com tanto carinho dividir com vocês...

Beijos,

Ana

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Look do dia - Ao vivo e a cores

Oi, gente! Quanto tempo que não posto looks, né? Mas hoje vim ao vivo mostrar pra vocês o que usei e tô usando hoje.

O look é bem simples e, por isso mesmo, eu adorei sair com ele afinal nada melhor que estar confortável e charmosa sem muito trabalho, né? A saia é o novo xodó do meu guarda-roupa: já tinha amado essa estampa de cachorrinhos da Animale desde a primeira vez que vi mas pagar R$ 300 por ela tava fora de cogitação! Até que essa semana, ela entrou na promoção e, por R$ 89, 90, ela passou a ser minha. A blusinha é uma camisetinha cropped com uma regatinha por baixo, truque bom pra adicionar camadas e usar blusinhas mais curtas sem mostrar o tanquinho (#not). Por fim, tênis de cano alto porque tô amando essa trend de tênis esportivos e mais street!


Blusa cropped: Forever XXI
Regata: GAP
Saia: Animale
Tênis: Osklen 
Colar: Forever XXI
Bolsa: Harley Davidson
Lenço: Zara

Gente, relevem a cara de doente que a gripe tá me pegando aqui... Vocês perdoam essa cara péssima pelo look? Gostaram desse tipo de look? Me contem!

Beijos,

Ana

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Balanço Fashion Rio - Inverno 2012 II

Oi, gente! Como prometido, voltei com os desfiles do segundo dia da temporada carioca de moda. Sem muito lero-lero, vamos ver o que rolou?


A 2nd Floor buscou inspiração no Robin Hood e nas florestas que ele vivia. Não entendi muito aonde a inspiração casa com a coleção mas simplesmente A-M-E-I o desfile! Com materiais como o moletom, a lã e a pelúcia em peças e modelos inusitados para esses tecidos, achei a coleção bem original. A camisaria com estampas e tecidos diferentes na gola foi um dos pontos altos pra mim, junto com a alfaiataria incrível com recortes diferentes e cortes assimétricos. Meus preferidos foram a saia de pelúcia e a alfaiataria étnica.



O cabelo do desfile era beeeeem liso, com rabo baixo e partido de ladinho. Um clássico, né? Os olhos esfumados em tons de marrom e grafite, bochechas levemente coradas e lábios rosadinhos naturais. Básico, neutro e impecável!


A Coven, marca já conhecida por seus tradicionais tricôs e peças em lã, fez um dos desfiles que mais gostei até agora, inspirado na Guatemala e nas tribos maias. A inspiração fica clara nas padronagens e na cartela de cores, que tem muito cobre e mostarda misturado com tons vivos, como o rosa e o amarelo. Meus looks preferidos são os com calça de lurex (já quero pra ontem!) e blusa tipo moletom mas é impossível escolher um ponto só do desfile, já que desde os vestidos mais básicos até os conjuntos de jacquard de tricô (!!!!) eram incríveis. Olha só:


Montagem problemática, né?  hahahaha Mas tudo lindo!


A beleza é bem simples e fácil de reproduir mas gostei que achei bem bacana como a inspiração conversou bem com a beleza do desfile. O cabelo é um coque bem destruído e com carinha de sujo e a maquiagem é bem básica: bochechas e nariz beeeem corados e o nariz e o canto dos olhos com bastante iluminação. Bonito mas perigoso de se fazer igual sem parecer que levou uma chinelada, né? hahaha


O estilista pernambucano é um dos mais conceituais a desfilar na temporada carioca e não decepcionou com o desfile de ontem, inspirado nas bonequeiras e suas obras. A cartela de cores é bem neutra e terrosa: branco, coral queimado, marrom, rosa queimado. E os materiais impressionam pela versatilidade, já que o estilista usou desde cetim de seda a algodão resinado e, em alguns momentos, até mesmo a argila, matéria prima de sua inspiração, deu o toque final. O desfile foi lindo! Realmente, uma obra de arte.

Meu reino (e meus rins) por essa última fila todinha! 


A beleza foi bem condizente com o desfile e a inspiração e veio básica mas toda em tons terrosos. Já o cabelo não poderia ser mais parecido com o das bonecas de barro que inspiraram o estilista, né? Um show!


Por fim, teve TNG, que foi chato e sem graça. Mesmo sabendo que a pegada da marca é totalmente comercial, sem grandes elaborações, acho que pudia ter sido melhor. A inspiração veio do "convívio entre campo e cidade" e podemo ver bem essa onda na cartela de cores. Não vi grandes novidades e a única coisa bacana do desfile, pra mim, foi a renda jeans e o jeans com textura de lã, que conseguiram formar looks bonitinhos.


Claro que o desfile, como já é tradição da marca, contou com a presença de atores globais. Nesse ano, foram Carolina Dieckman e Marcelo Serrado.


Se o desfile foi chatinho e não empolgou, a beleza foi pelo mesmo caminho. Gostei dos cabelos e da idéia da leveza e acho que, apesar de não trazer inovação ou mostrar algo novo, a beleza se encaixa perfeitamente no tema e inspiração do desfile.


E foi assim o segundo dia de Fashion Rio... O que acharam, gente? Concordam, discordam? Qual o melhor e o pior pra vocês? Me contem!

Beijos,

Ana

Balanço Fashion Rio - Inverno 2012 I

Oi, gente! Como vocês estão? Aqui em Londrina, tá uma chuvinha delícia, boa pra descansar e já começar a sentir saudade do friozinho. E, por falar em friozinho, tá rolando no Rio de Janeiro a edição de inverno 2012 do Fashion Rio e, apesar de ser uma semana de moda mais comercial, sem tantos desfiles conceituais, acho que já dá pra gente ir tendo uma idéia do que a moda nos reserva pra esse inverno. Vamos ver?

No primeiro dia teve a Herchcovitch, linha mais street de Alexandre Herchcovitch, Cantão, Patachou, Acquastudio e Alessa. Ontem, o segundo dia, foi dia de 2nd Floor, Melk Z-Da, TNG e Coven. Bora pro balanço:


A coleção da Acquastudio foi inspirada na alta-costura e no "moulage", técnica onde o molde é feito no manequim e não em formas planas, e teve tons e tecidos delicados misturados a elementos mais fortes. Na teoria, a inspiração era linda e super conceitual mas acho que na hora de traduzir isso para os looks, a coisa desandou um pouco e alguns looks acabaram ficando meio velhos e sem o glamour que se espera da alta-costura, mesmo assim a coleção teve pontos altos. Os vestidos de festa bordados com flores e as saias midi de cintura alta em tecidos metálicos foram, pra mim, o mais bacana da coleção. 


A make do desfile foi assim: 


A beleza também foi mais clássica com toques modernos, como o coque lateral bem alto. A pele era super leve com blush só fazendo o papel de trazer aquela carinha de saúde, os olhos foram feitos com sombra dourada clara e em formato gatinho. Achei bem integrada a beleza com a coleção e o conjunto acabou ficando fofo!



Sou suspeitinha pra falar de Alexandre Herchcovitch, pois sou fãzona do trabalho dele! Acho que é, sem dúvida, um dos estilistas mais bacanas do Brasil e um dos mais corajosos e vanguardistas. Mas a coleção da Herchcovitch não me encheu, mesmo considerando ser o evento e a marca mais comerciais. A inspiração veio dos artistas de rua dos anos 80 e a coleção foi, realmente, bem fiel a essa época. Como já tinha dito pra vocês, acho que esse final de anos 80 e começo dos anos 90 vão começar a "bombar" agora e elementos dessa época foram fortíssimos no desfile da Herchcovitch, como a cintura alta, a modelagem "moletom", as camisetas mais largas e curtas, os vestidos jeans. Bom, vamos as "ibagens" (#datenafeelings)?


O ponto alto, em minha opinião, são as peças camufladas e os vestidos jeans. E, claro, MORRI com o suéter largão de caveira, né? De maneira geral, achei a coleção bem coesa, bem Herchcovitch e, apesar de não ter empolgado, tem peças e idéias bem bacanas.


Adorei a beleza do desfile com o cabelo black power murchinho. Acho que o cabelo enrolado e mais armado é um dos símbolos da época que inspirou o estilista e foi apresentado de uma forma nova e bem bacana. A pele é bem básica com iluminador dourado e os contornos do rosto são bem marcados, já os lábios ficam na idéia do balm e nada mais. Aprovado!


Alessa é marca conhecidíssima das cariocas e revende hoje pra mais de 30 países e 150 multimarcas no Brasil. A estilista foi buscar sua inspiração nos tapetes persas e as estampas dos tapetes digitalizadas ficaram um show! O desfile repleto de mix de estampas, pegada étnica e modelagens amplas e fluidas contrastando com cortes mais rígidos e tecidos mais pesados foi, pra mim, um dos melhores até agora. Vamos ver?


O ponto alto do desfile, na minha opinião, foram as peças de alfaiataria e camisaria com estampas étnicas contrastantes. De encher os olhos, né?


No quesito beauté, mais um ponto pra Alessa. A pele bem lisa com contorno da maçã bem marcado com blush opaco, os olhos com marrom matte, os lábios leves - tudo casa muito bem com a idéia do étnico.


O conforto dos casulos foi a inspiração da equipe de estilo da Cantão para a temporada e apesar de super conceitual o tema, a coleção acabou por ser super comercial e usável. Não teve grandes surpresas ou inovações mas é o estilo de roupa que você vê e quer sair usando, sabe? Tudo muito básico, com cara de quentinho e confortável. O que dá charme são os acessórios e a montagem dos looks e cores. E por falar em cores, na cartela da coleção, tons neutros como branco, cinza, bege misturados a tons mais apagados como o mostarda, o verde musgo e tons "elétricos" como o azul royal, o amarelão e o vermelho. Outra aposta da marca foi o xadrez mais masculino, meio "lenhador" incorporado ao guarda-roupa da mulher.


A coleção é bem coesa e acaba dando vontade de sair assim já, né?!


Como não poderia deixar de ser, a beleza da Cantão foi totalmente natural! Cabelos soltos, sem repartição, olhos e pele bem "limpos" no melhor estilo "tá frio e só quero ficar quentinha" e acho que os lábios com esse aspecto mais seco e as bochechas rosadas contribuem e fecham com chave de ouro essa idéia.


Inspirada no Oriente, a coleção da Patachou trouxe uma mistura do Oriente "Japão" (inventando regiões com Ana Cláudia...) com o Oriente Médio que eu achei muito bacana! Se era a intenção da estilista fazer esse mix, eu não sei mas impossível não associar os quimonos ao Japão tradicional e os tons dourados e os tons mais quentes com a opulência do Oriente Médio e seus sheiks. A idéia, as peças e os acessórios são bacanas mas vejo dois problemas no todo: 1) ficou muito pesado a combinação de tecidos "ricos", com tons fortes, com bordados... enfim, acho que a mistura do muito com muito ficou demais; e 2) bom, se a pessoa não tem 1,80 e 50 kgs, provavelmente as modelagens amplas e cheias de prega não vão valorizar em nada, né? Ou seja, achei a idéia lindíssima mas a execução deixa dúvidas pra mim.



Como a inspiração vinha do Oriente, claro que a beleza tem um quê de gueixa, né? A pele é impecável, apesar de leve, e os lábios são em tons fortes e escuros de vermelho e vinho. O cabelo é todo pra trás, bem grudado na cabeça, com toque retorcido. Um visual bem austero mas que ficou bacana.


Bom, gente, esse foi o balanço do primeiro dia (e o post mais longo da história do blog)! O que acharam? Qual o preferido de vocês? Qual o pior? Me contem! Mais tarde, tem o segundo dia, ok?

Beijos,

Ana

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Desejos de hoje e sempre

Oi, gente! Hoje (e sempre), tudo que eu desejo é:


Muitas cores na vida, 


viver rodeada de fofura, 


sempre ter um tempinho pra um chá com as amigas, 


livros sensacionais pra ler e manter viva a "fome" de conhecimento, 


ver o tempo passar com classe e dignidade e amadurecer belamente, 



ser um pouquinho vaidosa porque não faz mal a ninguém e cuida da alma,


e, por fim, ver paisagens de tirar o fôlego!


São meus desejos de coração pra mim e pra todos vocês. E se tudo isso vier temperado de Chanel, melhor, né? hahaha Bolsas incríveis do arquivo de fotos do The Coveteur. 


Beijos,

Ana