Well, hello there! hahaha quantos milênios, hein?! Alguém ainda lembra de mim? Nem vou me alongar com desculpas, explicações porque vocês já me conhecem e já sabem o quanto ando "desgostosa" com a "blogosfera" mas sei que muitas de vocês também andam e eu sei o quanto escrever e pensar sobre moda me fazem falta e o quanto vocês me fizeram falta então estamos aí, como diria Vinícius, "pro amor e pra desilusão".

No meu breve período cursando Jornalismo (oi, turma! saudades mil!), tive aula de filosofia e, apesar de não prestar muita atenção (alguém prestava?!), um tema me chamou muita atenção e vez ou outra eu torno a pensar nele: o espanto e o nascimento da filosofia. WHAT?! Calma! É muito simples se a gente quiser resumir, é assim, ó: a filosofia surge do espanto do homem com as coisas novas, dos enigmas e mistérios da vida. É essa admiração que leva o homem a pensar a fundo as coisas e não se conformar com as circunstâncias ou se deixe acomodar. É essa mudança de posição, esse maravilhar-se que desperta a curiosidade do homem e, consequentemente, o leva a buscar o novo, através dessa recém-adquirida consciência e sabedoria.
Tá, eu sei que vocês tão tipo a cobra do Raul Seixas e se perguntando: "onde é que eu me encaixo?". Mas todos nos encaixamos exatamente nisso: até onde a gente simplesmente se deixa acomodar? Até onde somos produtos da sociedade, frutos das circunstâncias? É muito fácil tomarmos esse lugar como nosso e ali ficarmos, inclusive na moda. É muito mais fácil criticarmos um mundo pasteurizado e cheio de "inspireds" e cópias descaradas do que olhar de frente e nos maravilhar com a magnitude de tudo aquilo que poderíamos ser. Porque somos todos diferentes, ainda que feitos da mesma trama de sonhos e esperanças e algumas desilusões, somos muitíssimos diferentes e acho que é necessário que deixemos florescer essas diferenças pra que a moda - e o mundo, por quê não? - se torne mais interessante.
Claro que sair dos padrões, se assumir diferente, buscar o desprendimento causa medo e um dedinho de insegurança. Mas não é muito melhor sermos nós mesmos, pensarmos aquilo que usamos e usarmos aquilo que gostamos? Não é vital a busca pelo novo, pelo criativo para que se faça diferente, para que sejamos originais e não mais modelos pré-fabricados?
Não entendam esse texto como sendo um repúdio as tendências, aos blogs e suas blogueiras nem nada do gênero. Não é a intenção dizer nada disso. Sou a favor das tendências, uma vez que elas nos proporcionam idéias novas e uma linha de pensamento. Sou, obviamente, a favor de blogs e blogueiras, já que sou uma e, como já disse, acredito que o blog tem essa característica do "aqui-agora" e do contato que a revista e o papel não tem. Só acho que devemos pensar além disso. Nem toda tendência é pra mim e eu nem tenho que gostar de toda tendência. Gostar de moda não é pensar moda e acho que é mais que necessário que a gente comece a levar essas idéias pro dia a dia e se comece a prezar pelo novo, por aquilo que nos encanta. É preciso que a gente volte a se maravilhar com a moda, com as roupas e com as infinitas possibilidades que elas nos trazem, afinal somos infinitos dentro de nós mesmos e ainda que sejamos em 6 bilhões no mundo, existe algo de único em cada um de nós e é só quando esse único vier a tona que a sensação de "mais do mesmo" vai dar lugar a sensação incrível de saber um só.
O que vocês acham?
Beijos!